A Renault criou uma boa estratégia para mercados emergentes, incluindo o Brasil. Aqui, primeiro recebemos o Kardian. Lá fora, o novo Duster já foi lançado e a expectativa agora é para a aparição oficial do Bigster, que é basicamente um Duster de sete lugares.

O Dacia Bigster será um rival do Hyundai Alcazar do outro lado do mundo – mais precisamente, na Índia, que é a versão de 7 assentos do Creta. O modelo também é esperado para o nosso mercado, mas aqui deve ser um projeto diferente, sem o nome Bigster e fugindo da alcunha Dacia, como é a relação de Renault Kardian e Dacia Stepway.

O modelo já foi apresentado como conceito, e suas linhas oficiais não devem ser muito diferentes das do protótipo, seguindo os últimos flagras. A previsão é de que o produto seja apresentado no Salão do Automóvel de Paris, em outubro deste ano. Com isso, o início de sua produção não deve demorar a acontecer, e sua chegada às lojas deve estar próxima.

Isso, claro, na Índia. Aqui no Brasil ainda não confirmação de produção ou importação desse modelo, que seria um bom rival para o Caoa Chery Tiggo 8. O novo Renault Duster já foi visto camuflado em uma plataforma no Brasil, mas é outro produto que não está certo para chegar aqui.

A Renault quer investir em segmentos que ainda não atua. Um SUV cupê inspirado no Rafale é o mais cotado para chegar ao nosso mercado nos próximos anos. Sucessor do Duster e até o Bigster podem aparecer por aqui, mas podem responder por outro nome para distanciar a marca da subsiária Dacia.

Renault Duster de 7 lugares

Como esperado, o Bigster tem diversas peças compartilhadas com o Duster. A relação dos modelos será parecida com a que vemos entre C3 Hatch e C3 Aircross, por exemplo. Dito isso, podemos ver detalhes diferentes nos para-choques dianteiro e traseiro, mas grade, faróis, capô, chaparia até a coluna B e vidros até a coluna B devem ser os mesmos

O acabamento interno da cabine até a coluna B deve ser idêntico ao que vemos no Duster. Desse ponto para trás muda por causa dos sexto e sétimo assentos. Aí, não só a carroceria muda e fica mais esticada, mas também se altera o acabamento interno.

Ao que tudo indica, o modelo medirá 4,6 metros de comprimento, que é apenas 10 cm menor que um Caoa Chery Tiggo 8. A medida faz o Bigster se posicionar bem distante de um C3 Aircross e de uma Chevrolet Spin.

A plataforma é a CMF-B, já bem conhecida dos brasileiros por causa do Duster (chamada de RGMP por aqui). Ainda que não tenha medida de entre-eixos, vale ressaltar que essa arquitetura tem números mínimos de 2,60 metros para essa medida. Isso quer dizer que o Bigster terá uma boa distância entre os eixos e um bom espaço interno.

A motorização será 1.2 turbo a gasolina ou 1.6 turbo a gasolina, com opções de tração 4x2 e 4x4. Não é de se duvidar que o modelo seja apresentado com tecnologia híbrida.

Gostaria de ver um Renault Duster de 7 lugares no Brasil? Ainda que não tenha nada confirmado, a reportagem da Mobiauto acredita que o SUV chegará por aqui. No entanto, ainda levará um tempo para que isso aconteça. A Renault quer atuar em mercados que ainda não atua, e esse produto se encaixa nessa estratégia.